O aumento dos casos, e morte, por covid-19 nas últimas semanas teve reflexo nas medidas restritivas aplicadas pelos municípios de Mato Grosso. A medida mais aplicada é o toque de recolher, mas há também as prefeituras que proíbem a pesca esportiva e até o hábito de fumar narguilé nas ruas.
Em Canabrava do Norte (1.215 km a nordeste de Cuiabá), a segunda onda da covid-19 causou a suspensão da pesca esportiva e amadora na cidade, que é atrativo turístico. Também foram proibidos pelo prefeito João Cleiton (PSDB) o tráfego de veículos aquáticos, com exceção dos pescadores profissionais, que têm na pesca o meio de sustento.
Como forma de controlar a pesca na cidade, o chefe do Executivo municipal também proibiu o transporte de linhas, varas e outros apetrechos de pesca, além de proibir festas, eventos familiares e quaisquer ações que provoquem aglomerações.
Já a prefeita de São Félix do Araguaia (1.200 km a nordeste), Janailza Leite (SD) proibiu a venda e o uso de narguilé, um tipo de cachimbo árabe, assim como o uso de qualquer espécie de tabaco compartilhado. Ela também vetou a realização de jogos de futebol até 2 de março e suspendeu as aulas presenciais nas escolas da rede municipal.
Em Juína (735 km a noroeste), foram proibidas as inaugurações de obras públicas e festivais patrocinados pela Prefeitura. Segundo o decreto do prefeito Paulo Veronese (Pode), também foi fechada a Academia Pública de Saúde, instalada no bairro São João, e os eventos - tanto em lugares abertos como fechados - não estão autorizados.
Apesar da restrição, a Prefeitura de Juína liberou o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas a partir de 1º de março, exceto pelos alunos que fazem parte do grupo de risco. Para voltar os estabelecimentos de ensino devem colher junto aos pais a assinatura no termo de consentimento para o retorno das atividades presenciais.